Uma Aventura

E outras coleções

Uma Aventura Musical

Ana Maria Magalhães e Isabel Alçada

Arlindo Fagundes

Editorial Caminho
Coleção , nº18
304 pp
sob consulta

Resumo/Apresentação

Um fabricante de violinos chamado Stradivari morreu há 200 anos deixando um mistério no ar que ainda não foi desvendado: como conseguia ele que os seus violinos tivessem um som tão especial?
Seria a madeira? Seriam as cordas? Seria o verniz? Ou seria algum truque de magia? Ninguém sabe. Mas os violinos que ficaram prontos valem hoje mais que jóias, mais do que carros e até mais do que casas. O desaparecimento de um violino Stradivarius é motivo de alarme e justifica a mais complicada das investigações.

 

(ISBN) 9789722100175

Excerto do Livro

«O João içara-se com certa dificuldade, desaparecendo pelo telhado adentro. O Chico e o Pedro ficaram de nariz no ar, ansiosos. — Que pena não termos um escadote! — Suspirou o Chico —, apetecia-me ir atrás dele. — Também a mim... mas enquanto esperamos, o melhor é fazer ovos mexidos. — Boa ideia! Até ajuda a passar o tempo! O Chico abriu o frigorífico cheio de energia, mas ficou perplexo. — E agora? Não há ovos! — Não há ovos? Que barraca... o que é que a gente faz? — Sei lá! — Vou bater mais um bocado na tigela, pelos vistos ela não sabe o que tem o frigorífico. Não há quase nada! Cheio de energia, o Chico atacou de novo. "Tchap! Tchap! Tchap! Tchap!" O Pedro saltitava ora num pé ora noutro. Por que seria que o João se demorava tanto? Das duas uma: ou o violino estava ali escondido, ou não estava. Não havia motivo nenhum para demoras! Com as mãos à volta da boca, chamou em surdina: — João! João! Ninguém lhe respondeu. Aflito, virou-se para o Chico: — Achas que lhe aconteceu alguma coisa? — O quê? — Não sei. Pode ter batido com a cabeça numa viga e estar desmaiado. O Chico empalideceu com a ideia, mas ainda tentou deitar água na fervura. — Então, se ele caísse, a gente não ouvia? O Pedro encolheu os ombros: — Não percebo por que é que ele não responde. — Se calhar não ouviu! Eu chamo. O Chico pousou a tigela, e começou, primeiro muito baixinho: — Jo-ão! Jo-ão! Nada. Nem sombra de resposta. — Vês? — Não me estejas a enervar. Chama comigo! Os dois rapazes voltaram à carga. — João! João! E como continuassem sem obter resposta, desataram aos berros: — João! João! João! Responde, pá! — João! A resposta foi dupla: a cabeça do João, coberta de teias de aranha, apareceu-lhes no preciso instante em que a Maribel entrou na cozinha, gritando também: — O que foi? O que é que aconteceu? Os rapazes engoliram em seco. Era impossível inventar uma desculpa convincente. Ninguém precisa de se enfiar no teto para fazer uma omeleta!»

 

(in Uma Aventura Musical, pp. 126-127)

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