Uma Aventura em França
Ana Maria Magalhães e Isabel Alçada
Arlindo Fagundes
Editorial Caminho
Coleção , nº28
200 pp
sob consulta
Resumo/Apresentação
Num programa de intercâmbio de escolas leva o Chico, o Pedro, o João e as gémeas a Paris. Pouco depois de chegarem, rebenta uma bomba. Se as investigações não começaram logo foi porque a Teresa e a Luísa perceberam que na casa onde estavam havia jogos de espelhos que funcionavam como passagem secreta para uma divisão oculta... e quiseram ir lá meter o nariz. Bolas de cristal para adivinhar o futuro, um festival de teatro, amigos novos e um cientista louco completam a aventura.
(ISBN) 9789722105118
Excerto do Livro
«Entusiasmadíssimo estava também o Chico no Museu de Orsay. Seguira o conselho da professora e correra o edifício de alto a baixo ignorando as obras de arte. O que ele queria era ver a estação! E não encontrava palavras para descrever tanto luxo. Apetecia-lhes ter poderes mágicos para fazer desaparecer tudo o que foi acrescentado depois e assistir à chegada de um comboio. De preferência antigo, ruidoso, a fumegar. E um rei de grandes bigodes loiros, à janela, mudo de espanto. — Eh pá! Deixa-te agora de comboios — Insistia o Pedro. — Que diabo, não és capaz de apreciar um museu? — Não. Não gosto. Embora contrafeito, acabou por seguir os amigos e a certa altura estacou diante de um quadro magnífico. A tela apresentava um grupo sentado ao ar livre. Os homens estavam vestidos e as mulheres nuas ou seminuas. E tinha o nome de Almoço na Relva. — Ora aqui está a época em que eu gostava de ter vivido. — Porquê? — Porque os passeios ao campo eram muito originais. Os homens iam vestidos e as mulheres nuas. Deviam ser cá uns piqueniques! — Endoideceste? — A professora é que disse, não te lembras? Os quadros variam conforme a época em que foram feitos. Se ele pintou assim, por algum motivo foi... A partir daí só disse disparates. Aproximava-se das raparigas bonitas e murmurava em português: — Gostava muito de as convidar para um "almoço na relva"... Se lhe sorriam, mostrava-se triunfante: — Vês? Aceitou!»
(in Uma Aventura em França, pp. 49-50)