Uma Aventura nas Férias do Natal
Ana Maria Magalhães e Isabel Alçada
Arlindo Fagundes
Editorial Caminho
Coleção , nº2
304 pp
sob consulta
Resumo/Apresentação
A quinta onde o grupo passa férias de Natal fica no alto da Serra, num sítio muito isolado mas cheio de encantos e famoso devido às lendas relacionadas com tesouros escondidos. Logo no primeiro dia, quando saltam animadamente em cima de colchões velhos que alguém guardou no celeiro, encontram um papel com sinais esquisitos. Pensando tratar-se de um mapa de tesouro resolveram seguir as pistas. Isso obriga-os a decifrar outros enigmas, a fazer perigosas escaladas e a vasculhar nas ruínas de uma aldeia abandonada. E a enfrentar chuva, vento, caminhos de lama, trovoadas súbitas, uma misteriosa cobra em pedra. Mas pior que tudo é a quadrilha que os persegue, disposta a cometer qualquer crime para lhes roubar o mapa do tesouro.
(ISBN) 9789722122450
Excerto do Livro
«— Era ali o ninho das águias? — Parece que sim, mas já não é do meu tempo. Mas o ninho das águias não é o que interessa mais... — Então o que é? — Naquelas fragas há coisas escritas, sinais que ninguém entende. — Sinais? Gravados na rocha? — Sim, muitos sinais. O maior é uma grande cobra, comprida. Não se distingue a cabeça do rabo, são iguais. — E quem é que gravou isso na rocha? — Olhe, eu sempre ouvi dizer que foram os mouros, mas o padre Delfim diz que foi outro povo. — Que povo? — Não me lembro bem, parece que ele disse os celtas... — Mas porque é que acha que é ali que estão os tesouros? — perguntou o João. O velhote chegou-se mais para o lume e inclinou-se para a frente, esfregando as mãos. Aproximaram-se todos ansiosos por ouvir a explicação. O calor afogueava-lhes a cara. — São ditos... são contos... — Mas porquê? — insistiu a Luísa. — Dizem que aquilo ali é um encanto... — Um encanto? — estranhou a Teresa. — Um encanto, quer dizer, um bruxedo. Que se alguém conseguir ler o que está escrito na rocha, a pedra abre-se e aparece muito ouro e muita prata. — Isso são histórias... — murmurou o Chico. — Pois são, são histórias... — concordou o velhote. — Eu não acredito em bruxas — disse o Pedro. — Nem eu, meu rapaz! Nem eu! E no entanto... — No entanto o quê? — perguntou o João, curioso. — Passaram-se ali coisas estranhas! — Com quem? Consigo? — Comigo e com outros. — Conte lá... — Olha, de uma vez...»
(in Uma Aventura nas Férias do Natal, pp. 88-89)