Uma Aventura no Castelo dos Ventos
Ana Maria Magalhães e Isabel Alçada
Arlindo Fagundes
Editorial Caminho
Coleção , nº43
216 pp
sob consulta
Resumo/Apresentação
Quando Pedro convidou os amigos para passarem o fim de semana em casa, estava longe de pensar que iriam conhecer tanta gente estranha. E nem lhe passava pela cabeça que podiam correr perigo. Mas afinal naquela zona o impossível acontecia a toda a hora. Era o rapaz que só se alimentava de cascas e falava com frascos vazios. Era o tratador de cavalos que tinha um dente preto, parecia um lobisomem e dava arrotos metálicos. Era a rapariga lindíssima e misteriosa que garantia ter encontro marcado nas muralhas do castelo com o fantasma de um príncipe adivinho. E mais o casal bizarro que dirigia o restaurante Empadão Feliz. Enfim... mistérios atrás uns dos outros para desvendarmos em grupo com emoção e algumas gargalhadas saborosas!
ISBN: 9789722113946
Excerto do Livro
«— E como é que tencionas entrar? Ela trancou o portão a sete chaves!
— Mas há ali um portão lateral, podemos saltar por cima.
— E os cães?
— O Caracol passa perfeitamente entre as grades.
— E o Faial, se não couber, há-de encontrar uma solução. É preciso é que não ladrem. Agora despachem-se, porque, no caso de ela ir em busca de peças roubadas, há-de querer pirar-se o mais depressa possível e ainda lhe perdemos o rasto.
A agilidade e a prática da ginástica ajudou-os a vencer todos os obstáculos, e juntaram-se numa plataforma que proporcionava bons ângulos de visão.
Zélia passeava-se na muralha em frente. Estava de costas para eles, com o cabelo revolto e as pontas do cachecol a esvoaçar como se fossem asas. No céu sem nuvens brilhava a Lua cheia. Ela abriu os braços, deitou a cabeça para trás e ficou muito quieta.
— É meia noite em ponto — disse a Luísa num murmúrio arrepiado. — Será que vem aí o príncipe adivinho?
O vento rodava enlouquecido à volta do castelo, e eles entreolharam-se assombrados, porque lhes pareceu ouvir o som inconfundível de um cavalo a galopar: catapam... catapam... catapam...
— A sombra do guerreiro! — balbuciou a Teresa.»
(in Uma Aventura no Castelo dos Ventos, pp. 152)