Uma Aventura no Bosque
Ana Maria Magalhães e Isabel Alçada
Arlindo Fagundes
Editorial Caminho
Coleção , nº5
168 pp
sob consulta
Resumo/Apresentação
Acampar na serra de Sintra, que maravilha! Palácios antigos, um pequeno convento abandonado cheio de segredos; um castelo do tempo dos mouros, com muralhas e torreões altíssimos, uma vista magnífica e o mar lá no fundo. O João estava morto por estrear a tenda e não foi preciso grande esforço para convencer os outros a acompanhá-lo. Mas mais uma vez os acontecimentos se precipitam: gritaria na noite, um cheiro terrível a madeiras queimadas, fuligem em brasa esvoaçando em volta da tenda. Seria apenas uma queimada ou estaria a serra a arder? Correriam perigo? Sem perder tempo, embrenharam-se em mais uma alucinante aventura!
Vê aqui as fotografias que as autoras tiraram durante a pesquisa para esta Aventura!
ISBN/ 9789722100045
Excerto do Livro
«A serra enchia-se de sombras e ruídos estranhos. Não se via vivalma. O Pedro deitou uma mirada ao Faial, pensando, com um aperto no coração: "Do fogo não nos pode ele salvar."
A Luísa, muito calada, apertava o Caracol de encontro ao peito, inquieta por o sentir agitado. Seria impressão deles, ou alguma coisa estaria para acontecer?
O Faial estacou, de pelo eriçado, e começou a ladrar desenfreadamente, rodando sobre si mesmo, como se também estivesse em pânico. O Caracol latia e estrebuchava, tentando libertar-se dos braços da Luísa.
— Teresa! O cheiro! O cheiro... — exclamou a Luísa, quase a chorar.
O cheiro inconfundível de fumo penetrou-lhes as narinas, ao mesmo tempo que viam, estarrecidos, uma imensa labareda alastrar na sua frente.
— Fogo! — gritaram, numa só voz, assustando-se ainda mais com a expressão de terror que viam na cara dos outros.
— Para trás!
Voltaram-se, numa aflição, afastando os ramos com gestos bruscos, nem sentindo os espinhos que lhes dilaceravam a carne.
— Não percam a calma! — gaguejou o Pedro, que sentia o coração bater com força.
— Chico! Olha! O João, com uma voz tão rouca que nem parecia a dele, apontava um imenso clarão que lhes barrava o caminho. Estavam rodeados de fogo por todos os lados!»
(in Uma Aventura no Bosque, pp. 171-172)