Uma Aventura

E outras coleções

Uma Aventura Fantástica

Ana Maria Magalhães e Isabel Alçada

Arlindo Fagundes

Editorial Caminho
Coleção , nº29
176 pp
sob consulta

Resumo/Apresentação

Na região de Tomar ainda estão muito vivas as lembranças relacionadas com os cavaleiros templários e os seus fantásticos tesouros. Por isso não é de estranhar que o grupo das gémeas se tenha envolvido em buscas misteriosas que o levaram ao fundo de um poço onde tilintavam campainhas de ouro, a um castelo construído no meio do rio, passando pela tenda de um circo ambulante e por uma torre com oito lados. Isto para não falar do tio Arnaldo, que à noite queria ser Arnoldo e do curiosíssimo testamento do juiz Cunha, que deixa os herdeiros em polvorosa.

 

ISBN/ 9789722107037

Excerto do Livro

«— Pedro!     

— Hã?     

— Achas que ele encontrou o tesouro?      

— Não me parece.      

Os dois rapazes falavam muito próximos, quase sem mexer os lábios, enquanto observavam o tio. Este, envolto na sua farpela especial, acabava de meter qualquer coisa numa saca que não era maior do que uma saca de pão e esfregava as mãos de contente.     

— Se o tesouro dos Templários cabe ali, que ninharia.      

— Também acho. Se lhe perguntássemos?      

— Não. Deixa ver se há mais buscas. Parece-me pouco provável que se contente com esta "mixuruquice".     

Ao contrário do que esperavam, o tio Arnaldo pôs a saca ao ombro e retomou o caminho de volta. Como passou muito perto deles, viram-lhe estampada no rosto uma expressão que não engana. Estava felicíssimo! Apeteceu-lhes imenso interpelá-lo, mas contiveram-se. Os restantes mascarados ainda não tinham aparecido. Talvez andassem a fazer escavações noutro sítio. De qualquer forma, mais tarde ou mais cedo haviam de se encontrar e, visto que se comportavam de forma tão bizarra, podiam até encerrar a sessão com alguma cerimónia cheia de requintes. Imaginaram-nos reunidos na clareira a acender tochas e a entoar estranhas cantilenas retiradas do livro que lhes dera volta ao miolo. Talvez falassem entre si numa língua estrangeira ou tivessem um código que só o grupo entendia...»

(in Uma Aventura Fantástica, pp. 139-140)