Uma Aventura

E outras coleções

Uma Visita à Corte do Rei D. Dinis

Ana Maria Magalhães e Isabel Alçada

Arlindo Fagundes

Editorial Caminho
Coleção , nº2
304 pp
sob consulta

Resumo/Apresentação

Orlando, o velho cientista das gargalhadas roucas, transporta João e a Ana na sua máquina ao tempo em que o rei D. Dinis percorria o país de lés a lés levando a corte atrás de si. Primeiro em Coimbra, depois em Leiria, têm oportunidade de assistir a uma caçada com falcões e uma grande festa com música e dança onde, além do rei, está a rainha santa e o príncipe herdeiro a fazer birras. E ainda se envolvem com a bruxa Berenice, que, embora já tenha 150 anos, é linda e só parece ter 17!

 

(ISBN) 9789722100793

Excerto do Livro

«— D. Dinis teve a triste ideia de dar um castelo ao príncipe herdeiro e obrigá-lo a viver lá sozinho, para se fazer um homem. — Sozinho? Mas ele não tem mais de oito anos! — Sozinho é uma maneira de dizer. O castelo dele está cheio de criados e acompanhantes. Com certeza mandaram também a ama que o criou, mestres para o educarem... — Coitado! Mas longe dos pais deve sentir-se infeliz! Aquela observação atilada fê-los procurar com os olhos o principezinho! De facto, enquanto os outros se divertiam, comendo e conversando com os amigos, ele mantinha-se isolado, carrancudo. Já recusara vários alimentos com maus modos. E de vez em quando deitava miradas de soslaio a Afonso Sanches, sentado ao pé do pai, e à princesa Constança, sentada ao pé da mãe. O ambiente tinha-se desanuviado bastante, desde que a bailarina das tranças passara a conceder sorrisos intencionais ao conde de Barcelos. O rei, aliás, parecia não se importar. E, sendo assim, as damas que há pouco cochichavam comiam agora afastadas umas das outras, devorando com apetite pedaços de carne em cima de fatias de pão. Não havia pratos nem garfos. E, sempre que necessário, cada um tirava da cinta a sua própria faca, limpando-a à toalha depois de a utilizar. O que verdadeiramente lhes servia de talher eram os dedos, que, devido ao contacto com os alimentos, escorriam gordura. Aquela gente, toda muito bem vestida, logo que se sentava à mesa tinha um comportamento bem estranho! — São uns autênticos alarves — comentou o João, reparando que um dos nobres bebia com tanta sofreguidão que uma boa golada lhe escorreu pela barba e pelo pescoço. — Alarves ou não alarves, vou fazer o mesmo, que estou cheia de fome... A Ana retirou da travessa um pedaço de leitão e levou-o à boca com prazer. Estava tão saboroso! Enquanto comia, reparou de novo no príncipe herdeiro. A um canto da mesa, mantinha-se imóvel, de cabeça baixa, e o olhar que deitava à sua volta era de zanga. Não havia dúvidas de que se sentia infeliz. O rei, também, que irritante! Era só brincadeiras e mimos com o outro filho!»

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(in Uma Visita à Corte do Rei D. Dinis, pp. 60-62)