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Uma Aventura na Mina

Ana Maria Magalhães e Isabel Alçada

Arlindo Fagundes

Editorial Caminho
Coleção , nº11
304 pp
sob consulta

Resumo/Apresentação

Quem havia de imaginar que mesmo ao lado da zona onde montaram as tendas para o campo de férias se preparava um crime? E que os bandidos tinham aproveitado as galerias abandonadas de uma mina para montarem as suas máquinas infernais? Nada disso passava pela cabeça das gémeas, do Pedro, do Chico e do João. Mas as atividades do campo de férias puseram-nos face a face com uma perigosíssima quadrilha.

 

ISBN/ 9789722100106

Excerto do Livro

«— Vamos descer a cerca de duzentos metros...     

A Luísa olhou para trás, um pouco inquieta. Mas lá ao fundo a porta recortada na luz do dia deu-lhe uma certa tranquilidade.      

— Esta mina começou a ser explorada há mais de cem anos. Primeiro, o minério era extraído mais à superfície, mas todo o trabalho assentava na força humana. Não havia máquinas.       —

Trabalhava-se com picaretas?     

— Claro. E não havia luz eléctrica. Primeiro usavam-se velas e mais tarde candeeiros a gás.      

— E isso não provocava explosões?     

— Isso é mais nas minas onde há grisu.      

— Grisu?     

— O que é isso?     

— É um gás inflamável que aparece muito nas minas de carvão.      

— Ah, já sei! Eu vi um filme na televisão, passado numa mina. Houve uma explosão e os mineiros ficaram todos soterrados — disse o Rodrigo nas calmas.      

Aquela imagem fez empalidecer alguns. A Luísa sentiu uma vaga tontura e voltou a olhar para trás. A entrada era agora apenas um pontinho luminoso tão distante... O coração disparou, acelerado. Que horror, se houvesse ali uma explosão e a terra lhes desabasse na frente!     

"Era horrível ficarmos aqui prisioneiros", pensou.      

— Há quanto tempo trabalha aqui? — perguntou o Pedro ao mineiro.      

— Há quarenta anos. Comecei com dezoito.      

A Luísa olhou o homem com admiração e respeito. Meu Deus, uma vida inteira ali metido... Como era possível que não tivesse medo?     

Com uma voz sumida chegou-se a ele.      

— Nesta mina nunca há desabamentos, pois não?     

Aquela pergunta suscitou interesse geral. Pararam todos, esperando atentamente a resposta.      

— Se há desabamentos, ponho-me já daqui a andar — gracejou o Chico, para aligeirar uma certa pressão no peito.»

 

(in Uma Aventura na Mina, pp. 52-53)
 

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